sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Encontro com arqueólogos: relatos de trabalhos em São Bernardo do Campo e Região


Três arqueólogos debateram temas importantes sobre as mais recentes descobertas arqueológicas em São Bernardo do Campo e região, como o Resgate do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural, no âmbito do Programa de Transporte Urbano de São Bernardo do Campo; o estudo realizado na antiga Chácara Columbia - imóvel da década de 1920 - tombado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de São Bernardo do Campo; e pesquisas arqueológicas realizadas em Rodovias a exemplo do Rodoanel. O objetivo é apontar caminhos que possibilitem, por meio da organização e disponibilização das informações coletadas, a aproximação do cidadão de seu patrimônio cultural.

O Patrimônio Arqueológico de São Bernardo: uma breve síntese
Contrariamente do que se imaginava, investigações sistemáticas conduzidas no município nos últimos anos levaram a importantes descobertas arqueológicas, permitindo rever aspectos em torno da ocupação humana ocorrida em território bernardense, ainda desconhecidos do grande público. Mesmo com o intenso processo de urbanização, amplas porções do município ainda guardam em seu subsolo tanto evidências bastante antigas, como referências a respeito do passado recente, elementos igualmente úteis a uma releitura da história do município e porque não do próprio ABCD como um todo. Tais recursos podem e devem ser apropriados pela comunidade em favor de projetos e ações devotadas à valorização do patrimônio cultural bernardense.
Com o Prof. Dr. Paulo Zanettini, doutor em arqueologia e professor.

Fragmentos da Arqueologia São-Bernardina: dos tupiniquins a Adhemar de Barros
A arqueologia são-bernardina deve ser entendida por uma série de intervenções ocorridas no município desde antes de sua formação, até o desenvolvimento tecnológico e logístico atuais. A antiga trilha dos tupiniquins, João Ramalho, Asa White Kenney Billings, Adhemar de Barros, entre outros, foram responsáveis diretos pela formação do processo regional hoje foco de estudo e pesquisa arqueológica. Os trabalhos nas Rodovias que cortam o município, assim como prospecções arqueológicas subaquáticas na Represa Billings, tem trazido à tona novas discussões em relação à ocupação e desenvolvimento da região.
Com o Prof. Dr. Manoel Gonzalez, doutor em arqueologia, professor, diretor do Centro Regional de Pesquisas Arqueológica e Comendador pela Academia Brasileira de Arte, Cultura e História.

Diagnóstico Prospectivo da Chácara Columbia: Arqueologia no município de São Bernardo do Campo
Os resultados dos trabalhos arqueológicos realizados na Chácara Columbia em 2009 (Ofício N° 952/2011- 9°SR/IPHAN/SP), no qual encontrou-se restos cerâmicos, carvão, conchas e fragmentos de louça ou porcelana. Descreveremos os critérios teórico-metodológicos da pesquisa e faremos uma apresentação com fotos dos principais achados. A palestra divulgará em público o conteúdo do relatório entregue ao IPHAN em 2009 e as sugestões de trabalhos futuros para o local, destacando sua relevância, não apenas para a história do município, mas também sua importância para o entendimento do processo de ocupação do planalto paulista.
Com o Prof. Dr. Charles Bonetti, doutor e mestre em ciências e arqueologia, museólogo e professor.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ciclo de Palestras Patrimônio Cultural - O historiador e suas fontes: O uso de fontes periódicas na construção da história - Tânia Regina de Luca

A palestra proferida pela professora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Tânia Regina de Luca, que apresentou as fontes de natureza periódica que têm sido utilizadas pelos historiadores ao longo do tempo. Além de abordar esta trajetória, ela também abordou as razões das mudanças e os desafios colocados para o pesquisador.

Trata-se de apresentar como, ao longo do tempo, as fontes de natureza periódica tem utilizada pelos historiadores. De material desprezado e considerado pouco confiável, passou a ocupar lugar de destaque na produção do conhecimento me história. Pretende-se não só apresentar essa trajetória, mas também discutir as razões das mudanças e os desafios colocados para o pesquisador.

Diferença de fonte e documento = Documento é qualquer vestígio. Ela passa a ser fonte quando se utilizado em um trabalho. Fonte é quando o documento é usado pelo historiador.

Quando viram questões para a sociedade, passa-se a ser dado valor a certos documentos. As fontes passam a ser importantes conforme as necessidades de sua época.

A história não muda, mas as suas interpretações sempre mudam.

Qualquer documento que se eleja para virar fonte está contaminado pelo pensamento de sua época.

É necessário a interpretação, pois não existe verdade absoluta. Não só o que aconteceu no passado, mas o que as pessoas fizeram em seu tempo.

O hoje preside suas lembranças no passado, isso é a memória. Isso não é história, mas parte dela.

“O passado é imprevisível”

O historiador não pode dizer o que quer. Ele está preso aos vestígios do passado. Não tem
opinião se não puder prová-la.

E também se deve ter diferentes visões para as publicações de diferentes épocas. E assim, os documentos devem ser lidos pela ótica de quem escreveu.

O historiador trabalha com duas óticas:
·        Diacronia = Tempo
·        Sincronia = Tudo o que ocorreu nesse tempo

Sendo dessa forma, a fonte passa a ser também objeto
(Certos materiais são fontes e objetos)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ciclo de Palestras Patrimônio Cultural - Viabilização de projetos de restauração de patrimônio e usos, casos no Rio de Janeiro - Jorge Astorga

A palestra tratou de problemas relativos à deterioração do nosso patrimônio, a partir de programas e projetos de restauração e revitalização arquitetônica e urbana. Jorge Astorga é arquiteto pela UFF (RJ) e mestre em arquitetura pela UFRJ. Membro fundador do Centro Internacional para a Conservação do Patrimônio Brasileiro - CICOP Brasil. Atuou em projetos de Restauração de muitos edifícios históricos, dentre os quais: Arcos da Lapa, Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Solar do Marquês do Lavradio (RJ), Igreja de Nossa Senhora da Candelária, Mercado Ver-o-Peso (Belém) e Palácio da Guanabara (Laranjeiras), entre outros.Foram discutidos aspectos importantes quanto ao uso, as formas de incentivo e os tipos de projetos normalmente elaborados.
 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ciclo de Palestras Patrimônio Cultural - Inventário e políticas de preservação do patrimônio cultural - Silvana Rubino

A preservação do chamado patrimônio Cultural, importante política pública, assenta-se sobre duas práticas igualmente relevantes: a proteção e o ato de se conferir valor. Preserva-se aquilo que é tido como importante para a sociedade, ou melhor, para grupos sociais. O inventário é uma ferramenta crucial nessa prática, não apenas por registrar, descrever e classificar os bens selecionados, mas por produzir conhecimento. Mais do que uma mera listagem, está ligado ao ponto de vista do inventariante, à sua perspectiva e suas intenções. O objetivo dessa palestra é discutir a noção de inventário, sua pertinência a partir de alguns exemplos ligados à trajetória do campo de preservação do patrimônio no Brasil.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

XI Congresso de História do Grande ABC (3° dia)

Nesse que foi o terceiro e último dia do evento, a primeira mesa discute "Juventude, Cultura, Identidade", com a participação forte do público jovem no local. Em paralelo, ocorria o "Encontro de Memorialistas de Diadema" (para mim o momento mais deliciosos desse congresso) e, fechando o congresso, houve uma roda de conversa sobre o tema "Culturas Populares: Tradição e Resistência". O encerramento artístico ficou por conta do grupo feminino de batuque Abayomi.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

XI Congresso de História do Grande ABC (2° dia)

Hoje, o congresso começou com a mesa "Cidade, Paisagem e Patrimônio", com Prof. Dr. Simone Scifone da FFLCH - USP e Prof. Dr. Paulo C. G. Marins da FAU - USP. Durante o dia foram promovidas as mesas "Narrativas Visuais do ABC", no qual tratou do audiovisual da região e a sua relação com a documentação histórica. "O Descortinar da História: experiências e possibilidades da história local" foi a mesa da noite com a presença de Ademir Médici coordenando os trabalhos.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

XI Congresso de História do Grande ABC (1° dia)

Diadema recebe o XI Congresso de História do Grande ABC


De hoje (25) até a próxima sexta (27), Diadema sediará o XI Congresso de História do Grande ABC, que será realizado no Centro Cultural Diadema. As inscrições são gratuitas. A abertura do congresso será nesta quarta (25), às 19h30, com o grupo Seresteiros de Diadema, que resgatará o estilo musical romântico antigo.

Confira a programação:
Dia 25, quarta, a partir das 19h30

Abertura:
·        Apresentação do Grupo Musical “Seresteiros’
·        Lançamento do livro ‘Biografia das Ruas: em cada esquina uma história’, de Walter Adão Carreiro
·        Lançamento do livro ‘Catadores de Lixo: narrativas de vida, políticas públicas e meio ambiente’, de José Amilton de Souza
·        Abertura da Exposição ‘Rememória: Congressos de História do Grande ABC, 19990-2009


Dia 26, quinta

8h30 - Mesa: Cidade, paisagem e patrimônio
·        Simone Scifone – FFLCH-USP
·        Silvia Helena Facciola Passarelli – UFABC-SP
·        Paulo César Garcez Marins – Museu Paulista/FAU-USP
·        Coordenação: Profª Dr. Mirna Busse Pereira – Centro Universitário Fundação Santo André

10h30 às 12h30 - Apresentação de trabalhos de pesquisa da região

12h30 às 14h – Almoço

14h - Mesa: Narrativas visuais do ABC
Diaulas Ulysses – Produtor de audiovisual de Diadema
Antonio Reis – Centro Universitário Fundação Santo André
Milton Santos - Produtor de audiovisual de São Bernardo do Campo
Coordenação: Zilda Gricoli lokoi – FFLCH-USP

15h30 às 17h30 - Apresentação de trabalhos de pesquisa da região

19h – Mesa: O descortinar da História: experiências e possibilidades da História local
José Amilton de Souza – Centro Universitário Fundação Santo André
Renato Dotta – UniABC
Suzana Cecília Kleeb – Historiadora Museu de Santo André Dr. Octavio Armando Gaiarsa
Coordenação: Ademir Médici - jornalista
 
Dia 27, sexta

8h30 - Mesa: Juventude, Cultura e identidade
Pablo Nabarreti Bastos – Uninove-SP
Miro Zagrakalin – PUC-SP
Cleber Pereira Borges – mestrando – Udesc
Coordenação: Elmir de Almeida – FCLRP-SP

8h30 – Encontro com memorialistas de Diadema
Coordenador: Walter Adão Carreira

10h30 às 12h30 - Apresentação de trabalhos de pesquisa da região

12h30 às 14h – Almoço

14h – Roda de Conversa – Culturas Populares: tradição e resistência
Coordenação: Antônio Macedo – Revelando São Paulo, Alberto Tsuyoshi Ikeda – Instituto de Artes da Unesp
Salomão Jovino da Silva – Centro Universitário Fundação Santo André
José Aparecido Krichinak e Ricardo Amadasi – Museu de Arte Popular de Diadema
Congada Diadema – Geraldo Eugênio da Silva
União dos Cavaleiros – Diadema – Antônio Fonseca
Congada - SBC – Gracinda Aparecida Maria da Silva
Casa Don’Ana – Diadema – Geni dos Santos
Folia de Reis Estrla Guia – SBC – José Alves de Lima
Folia de Reis Alto Baeta – SBC – Pedro Baldoino
Quadrilha da Alameda da Glória – SBC – Luiz João Marotti
Samba Lenço – Mauá – Jaci Cesário
Centro de tradições Gaúchas – Diadema – Mauro Moacyr Guimarães Fagundes
Nação Ketu: Yalasé Luisinha de Nana – Ylê Alaketu Asé Ayra – SBC
Nação Jeje Nagô – Nochê Sandra de Bocó Xandarâ – casa da Minas de Thoya Jarina – Diadema
Nação Umbanda – Álvaro Ferreira – Pai Oxalá e Maria Conga – Diadema

17h – Encerramento do Congresso
Grupo Feminino de batuque: Aboyomi

segunda-feira, 22 de março de 2010

Educação e Cultura Popular - UMESP

A Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) realizou hoje aula magna com o tema “Educação e Cultura Popular”. A mesa foi composta pelo docente e pesquisador do Mestrado em Educação da FAHUD, Prof. Dr. Elydio dos Santos Neto, que abordou a relação entre educação, cultura popular e pedagogia; pelo cordelista e escritor Moreira
de Acopiara, parceiro no trabalho desenvolvido pela Brinquedoteca do curso de Pedagogia da Metodista, que discorreu sobre cultura popular e literatura de cordel; e pela mestranda em educação Rose Mary Beserra Pinto Bandeira, ex-aluna do curso de Pedagogia da Metodista, que fez um relato de experiência sobre seu estágio em escolas municipais de educação básica, onde pode desenvolver, com alunos e alunas da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Infantil, um trabalho com literatura de cordel. A mesa foi coordenada pelo Prof. Dr. Claudio de Oliveira Ribeiro, diretor da Faculdade de Humanidades e Direito (FAHUD).